Medvedev diz que Polónia planeia "engolir" partes da Ucrânia
Antigo presidente russo diz que país representa uma ameaça para outros países na Europa. "Transformar-se-á num cão raivoso, mordendo todos na Europa".
© Contributor/Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O antigo presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, acusou a Polónia de estar a "sonhar" com a ideia de "engolir" parte da Ucrânia, representando uma ameaça para outros países europeus.
"Os polacos sonham novamente com a ideia de reviver a união interestadual com a Ucrânia e restaurar o império inacabado - a Comunidade 'de mar a mar'. Sem poder intelectual para criar uma imagem viável do futuro, a Polónia, confirmando a fama de 'país derrubado no passado', inspira-se em mapas de há 400 anos, quando partes da atual Ucrânia faziam parte dela", começou por escrever Medvedev, numa mensagem divulgada no Telegram, esta segunda-feira.
"Nas circunstâncias atuais, uma Polónia frustrada decidiu que a oportunidade de engolir os restos da Ucrânia pode ser realizada agora ou nunca. Claro, nenhum dos alucinados maníacos polacos pensa nas consequências", acrescentou.
Segundo o antigo presidente russo, "os alemães e os franceses" já estão a defender-se "do apetite" territorial dos polacos. "E a autoria de Washington neste projeto, que visa enfraquecer o Velho Mundo, é visível a olho nu", acusa ainda.
"No futuro, a feia configuração polaco-ucraniana inacabada é um tanto benéfica para a Rússia (…) [A Polónia] começará a aterrorizar os seus vizinhos com reivindicações infundadas 'por direito de memória'. Transformar-se-á num cão raivoso, mordendo todos na Europa. Algo semelhante já está a acontecer hoje", disse, referindo-se ao facto de o país ter exigido à Alemanha o pagamento de 1,3 biliões de euros em indemnizações pelos danos causados pela ocupação dos nazis alemães durante a II Guerra Mundial.
"Dada a ambição insaciável de Varsóvia, pode-se esperar que ela exija territórios da Alemanha, como já está a acontecer com as terras checas. Será quando os líderes europeus cairão de repente em si. E, quando o fizerem, eles irão pedir-nos ajuda, e eles próprios apresentarão um novo tratado de segurança europeu destinado a conter uma Polónia indisciplinada", declarou Medvedev.
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia remata com a ideia de que "com ou sem partes" da Ucrânia, a Polónia "já é uma entidade infinitamente hostil para nós" e que a bandeira do exército polaco "não mudaria muito", nem teria impacto "no disparo preciso dos mísseis Sarmat, Kalibr e Tsirkon".
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