O Ministério da Defesa da Rússia referiu que as negociações se concentraram em "medidas práticas para fortalecer a segurança na República Árabe da Síria e normalizar as relações sírio-turcas".
Moscovo tem realizado uma campanha militar na Síria desde setembro de 2015, unindo-se ao Irão para permitir que o governo do Presidente Bashar al Assad recupere o controlo da maior parte do país.
A Turquia apoiou a oposição armada a Assad durante os 12 anos da guerra civil síria.
Enquanto a maior parte das forças armadas da Rússia está ocupada a lutar na Ucrânia, Moscovo tem mantido a sua presença militar na Síria e também fez esforços persistentes para ajudar Assad a reconstruir os laços fraturados com a Turquia e com outros países da região, após a guerra civil que matou quase 500.000 pessoas.
Os esforços para uma reconciliação turco-síria ocorrem quando o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, está sob intensa pressão extraditar refugiados sírios e no meio de uma forte recessão económica e de um crescente sentimento contra os refugiados.
Em maio, Erdogan terá eleições presidenciais e legislativas.
O Ministério da Defesa da Rússia assinalou que as partes "reafirmaram a sua adesão à preservação da integridade territorial da Síria e a necessidade de intensificar os esforços para permitir um rápido regresso dos refugiados sírios".
O Ministério da Defesa turco emitiu uma declaração com palavras semelhantes, observando que os quatro ministros discutiram a questão do fortalecimento da segurança na Síria, as medidas concretas que podem ser tomadas para normalizar os laços entre a Turquia e a Síria, a luta contra grupos terroristas e extremistas no território sírio e os esforços para o regresso dos refugiados sírios.
A declaração refere ainda que os lados também destacaram a importância da continuação das reuniões a quatro partes "para garantir e manter a estabilidade na Síria e na região como um todo".
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, também recebeu hoje o ministro da Defesa da Turquia, Hulusi Akar, e os seus homólogos da Síria e do Irão para conversas bilaterais separadas.
A Turquia controla grandes áreas do noroeste da Síria, e o governo de Assad descreveu a retirada das forças turcas do território sírio como um pré-requisito para a normalização dos laços.
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