Cidade de Liège suspende relações com Israel em apoio à Palestina

A localidade belga segue o exemplo de Barcelona e, mais recentemente, de Oslo.

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Hélio Carvalho
26/04/2023 08:32 ‧ 26/04/2023 por Hélio Carvalho

Mundo

Palestina

A cidade belga de Liège, perto da fronteira com os Países Baixos, aprovou na segunda-feira uma medida simbólica, cortando todas as relações atuais ou futuras com Israel em solidariedade com o povo palestiniano.

Segundo a televisão belga RTBF, citando as autoridades autárquicas locais, a moção do Partido Trabalhista (de raiz comunista), aprovada em conselho municipal, considera que o país "não respeita a lei internacional e os direitos palestinianos".

Os média locais notam que a cidade não tem laços diplomáticos com Israel, pelo que a medida acaba por ser simbólica e uma tomada de posição por parte da autarquia.

A decisão de Liège surge depois de medidas semelhantes aprovadas nas cidades de Barcelona (Espanha) e Oslo (Noruega). Em fevereiro deste ano, a presidente da câmara da cidade catalã, Ada Colau, afirmou numa carta ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que seriam suspendidas relações institucionais com Telavive, até que Israel acabe com a "violação sistémica dos direitos humanos do povo da Palestina".

Já a cidade de Oslo, a capital norueguesa, optou por excluir empresas que contribuam diretamente para a construção e implementação de colonatos israelitas em zonas palestinianas - uma prática que muitas organizações não-governamentais denunciam como uma forma de Israel aumentar a sua presença nestes territórios, diluindo a presença de palestinianos.

Na Bélgica, a associação belgo-palestiniana elogiou a cidade de Liège, considerando a tomada de posição "inspirada por décadas de resistência não-violenta do povo palestiniano por liberdade, justiça e igualdade".

Também o movimento BDS - 'Boicote, Desenvestimento e Sanções', um movimento internacional que promove estas práticas para combater as restrições impostas aos palestinianos - "saudou" a localidade belga. "Os palestinianos aplaudem o trabalho incansável da sociedade civil belga, que tornou esta decisão possível", referiu, através do Twitter.

Leia Também: Palestinianos alertam que distúrbios na Al-Aqsa podem aumentar violência

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