Navalny acusado de atos terroristas e pode enfrentar mais 30 anos
A equipa do político russo considerou que as acusações anunciadas esta segunda-feira são "absurdas".
© Reuters
Mundo Alexei Navalny
O opositor russo Alexei Navalny, que continua preso na Rússia por protestar contra o regime de Vladimir Putin, afirmou esta quarta-feira que foi novamente acusado pela justiça, desta vez por alegadamente cometer crimes de terrorismo.
Através do Twitter, a equipa do político contou que as autoridades apresentaram "alegações absurdas que ameaçam com 30 anos de prisão". "Que eu, na prisão, cometi atos terroristas", explicou.
Navalny encontra-se a cumprir uma pena de onze anos e meio de prisão, tendo sido acusado de fraude e de fuga à justiça, mas os seus apoiantes e várias organizações não-governamentais argumentam que os processos foram falsificados de modo a silenciar aquele que é o maior rosto da oposição ao Kremlin.
Навальный:
— Команда Навального (@teamnavalny) April 26, 2023
Они выдвинули абсурдные обвинения, по которым мне грозит 30 лет колонии. Следователь Видюков вчера сказал, что из этого дела отдельно выделено террористическое дело о том, что я, сидя в тюрьме, совершаю теракты. И по этом делу меня будет судить отдельно военный суд
"Enfrento 30 anos neste caso, provavelmente uma pena de prisão perpétua no próximo. Estão a tentar obrigar-me a reconhecê-lo. Insisto que a tentativa de encerrar o processo não é apenas uma tentativa de me impedir de conhecer o caso, é também uma tentativa de fazer com que ninguém o conheça. Sou categoricamente contra", disse Navalny.
Na publicação, a equipa do russo, antigo candidato presidencial no país, divulgou também uma fotografia sua a ouvir a audiência, através de videoconferência.
De recordar que, em 2020, Alexei Navalny foi envenenado com um agente nervoso denominado Novichok, que tem sido usado em vários ataques contra opositores ao regime, tendo ficado às portas da morte.
Em 2021, depois de ter sido tratado na Alemanha, foi detido à chegada na Rússia - encontra-se sob a custódia do estado russo desde então.
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