Em comunicado, Moussa Faki Mahamat afirmou que continua a acompanhar "com crescente preocupação" a situação dos civis envolvidos no conflito no Sudão e renova o apelo aos vizinhos do Sudão e às agências regionais e mundiais relevantes para que facilitem a circulação e a segurança dos civis que atravessam as suas fronteiras.
Às partes envolvidas no conflito -- Forças Armadas do Sudão e às Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) -- o presidente da UA reiterou o seu apelo para que cheguem imediatamente a acordo sobre um cessar-fogo permanente, a fim de facilitar a prestação de assistência humanitária aos sudaneses que dela necessitam urgentemente.
Desde o início do conflito, em 15 de abril, a capital do Sudão tem sido bombardeada diariamente por aviões do exército e artilharia pesada paramilitar. Outras cidades foram igualmente afetadas pelos combates, principalmente na região de Darfur (oeste), na fronteira com o Chade.
Os combates, que mergulharam o Sudão numa das piores crises da sua história recente, seguiram-se a semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo governo de transição.
Ambas as forças estiveram envolvidas no golpe militar que derrubou o Governo de transição do Sudão, em outubro de 2021.
Pelo menos 512 pessoas foram mortas e 4.193 ficaram feridas desde o início dos combates, principalmente em Cartum e Darfur (oeste), segundo o Ministério da Saúde sudanês.
Vários países, incluindo Portugal, estão a retirar os seus cidadãos do Sudão, devido aos intensos combates.
Vinte portugueses que pretendiam deixar o Sudão já foram retirados no país, informou na quarta-feira, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que adiantou permanecerem no território dois cidadãos nacionais.
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