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Darfur. Missão da ONU anuncia retirada de 113 trabalhadores humanitários

A Missão Integrada de Assistência à Transição das Nações Unidas no Sudão (UNITAMS) anunciou hoje que pelo menos 113 trabalhadores humanitários foram retirados do Darfur do Norte, na sequência dos combates que eclodiram em 15 de abril no Sudão.

Darfur. Missão da ONU anuncia retirada de 113 trabalhadores humanitários
Notícias ao Minuto

16:00 - 28/04/23 por Lusa

Mundo Sudão

Estes trabalhadores, pertencentes a várias organizações humanitárias, foram transferidos para o Chade, como confirmou o governador do Darfur do Norte, Nimir Mohamed Abdelrahman, em declarações à agência noticiosa DPA.

A operação inclui pessoal do Programa Alimentar Mundial (PAM), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da própria UNITAMS, bem como do Conselho Norueguês para os Refugiados.

A UNITAMS agradeceu a França a sua ajuda na operação.

"Muito obrigado à França pela retirada dos membros do pessoal da ONU e de outras organizações de El Fasher", declarou a UNITAMS num comunicado, acrescentando que o representante especial do secretário-geral da ONU para o Sudão, Volker Perthes, "permanecerá no país com uma pequena equipa da UNITAMS".

"Esperamos poder retomar em breve as nossas atividades no Darfur e em todo o Sudão", acrescentou.

O Sudão entrou hoje no décimo quarto dia consecutivo de confrontos entre o exército e as RSF, um conflito que já fez mais de 500 mortos e mais de 4.000 feridos e obrigou milhares de sudaneses a deslocarem-se para zonas mais seguras do país ou a refugiarem-se em nações vizinhas como o Sudão do Sul, o Egito ou o Chade.

As duas partes envolvidas no conflito iniciaram hoje uma trégua de 72 horas mediada pelos Estados Unidos e a Arábia Saudita para facilitar a retirada de estrangeiros no Sudão e abrir corredores seguros para a entrada de ajuda humanitária. Nos últimos dias, apesar de terem sido anunciadas tréguas, têm-se verificado combates de baixa intensidade.

Vários países já concluíram as operações de retirada dos seus cidadãos e pessoal diplomático no Sudão, mas outros continuam o processo por terra, mar e ar. Vinte portugueses que pretendiam deixar o Sudão já foram retirados no país, informou na quarta-feira, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal.

Pelo menos 512 pessoas foram mortas e 4.193 ficaram feridas desde o início dos combates, principalmente em Cartum e Darfur (oeste), divulgou na quarta-feira o Ministério da Saúde sudanês.

Os combates seguiram-se a semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo governo de transição. Ambas as forças estiveram por trás do golpe conjunto que derrubou o executivo de transição do Sudão em outubro de 2021.

Leia Também: Nações Unidas preocupadas com evasão de detidos no Sudão

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