"Os suspeitos confessaram" ser membros do grupo IPOB e do seu braço armado e estarem envolvidos "no recente homicídio de quatro polícias e dois civis em Ngor Okpala", disse o porta-voz da polícia do estado de Imo, Henry Okoye, referindo-se ao ataque que ocorreu na região de Ngor-Okpala, onde atuam o grupo separatista dos Povos Indígenas de Biafra (IPOB) e o seu braço armado, a Rede de Segurança do Leste (ESN).
Na sequência do ataque, foram lançadas várias operações policiais, que incluíram a detenção agora anunciada de quatro homens com idades entre os 44 e os 53 anos, acrescentou o porta-voz, citado pela agência de notícias francesa, a France-Presse (AFP).
Nos últimos dois anos, os ataques atribuídos ao IPOB mataram dezenas de polícias nos estados do sudeste da Nigéria, onde este grupo faz campanha por um estado independente para o grupo étnico Igbo.
O IPOB negou insistentemente estar por detrás dos ataques à polícia, escritórios do governo local e prédios de agências eleitorais.
O separatismo é um tema sensível na Nigéria, onde a declaração de uma República independente do Biafra por oficiais do exército Igbo no sudeste, em 1967, desencadeou uma guerra civil de três anos que matou mais de um milhão de pessoas.
A nação mais populosa da África está dividida em partes iguais entre o norte predominantemente muçulmano e o sul predominantemente cristão, com dezenas de grupos étnicos em todo o país.
A violência separatista é apenas um dos desafios de segurança que o Presidente eleito, Bola Ahmed Tinubu, enfrenta, enquanto as forças armadas combatem uma insurgência terrorista que dura há 14 anos no nordeste e milícias de bandidos fortemente armados nos estados do noroeste e do centro.
Bola Tinubu, ex-governador de Lagos, assumirá o cargo no próximo mês, depois de vencer uma eleição em fevereiro marcada por falhas técnicas, atrasos e alegações da oposição de fraude eleitoral em massa.
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