O número de mortos em ataques russos na região de Kherson, no sul da Ucrânia, subiu hoje para 21, de acordo com a AFP, que cita o presidente Zelensky.
Já Dmytro Lubinets, comissário de direitos humanos do parlamento ucraniano, disse no Telegram que 26 pessoas também ficaram feridas como resultado dos ataques desta quarta-feira.
Lubinets referiu ainda que Moscovo atingiu "edifícios residenciais, lojas, paragens de transporte público e ferrovias".
A região de Kherson está parcialmente ocupada pelas forças de Moscovo, e a Rússia tem repetidamente atacado a cidade.
As imagens do resultado dos ataques podem ser vistas na galeria.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: Ucrânia. Missão de paz do Vaticano vai acontecer, diz cardeal Parolin