EUA enviam ajuda militar a Kyiv no valor de 271 milhões de euros
Os Estados Unidos (EUA) enviarão à Ucrânia ajuda militar adicional, incluindo uma vasta gama de material bélico, avaliada em cerca de 300 milhões de dólares (271 milhões de euros), informou hoje o Pentágono.
© Lusa
Mundo Ucrânia/Rússia
O novo pacote inclui 'rockets Hydra-70', que são foguetes não guiados disparados de aeronaves, assim como um número não revelado de mísseis para Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS), morteiros, obuses, mísseis e sistemas antitanque Carl Gustaf.
As armas serão todas retiradas dos stocks do Pentágono, para que possam ser direcionadas rapidamente para as linhas de frente de combate.
Esta última remessa foi anunciada num momento em que as autoridades ucranianas dizem que estão a preparar uma contraofensiva.
Autoridades ucranianas disseram que estão a constituir stocks de munições para armazená-las ao longo de linhas de abastecimento extensas.
O ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, disse na segunda-feira que os principais fatores para o sucesso do ataque seriam "a disponibilidade de armas; pessoas preparadas e treinadas; (...) além de material necessário como projéteis, munições, combustível, proteções, entre outros".
Nos últimos meses, os EUA recusaram-se a dizer exatamente quanto material será enviado à Ucrânia, mas o pacote mais recente assemelha-se a outras entregas anteriores. Inclui ainda camiões, reboques, peças de reposição e outros equipamentos de manutenção.
Este é o 37.º pacote de assistência do Pentágono à Ucrânia desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, e eleva o total da ajuda militar dos EUA para cerca de 36 mil milhões de dólares (32,5 mil milhões de euros).
A Ucrânia prepara-se para sair do que tem sido um longo e sangrento impasse de inverno, focado em intensos combates no leste ucraniano, particularmente em torno da cidade de Bakhmut, na província de Donetsk.
O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia disse que a Rússia continua a concentrar os seus esforços em operações ofensivas no leste industrial da Ucrânia, com ataques em torno de Lyman, Bakhmut, Avdiivka e Marinka.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 434.º dia, 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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