"Mais de 12 mil pessoas chegaram a Metema, a cidade fronteiriça entre o Sudão e a Etiópia, desde que os combates começaram, a 15 de abril, muitas exaustas depois da longa e perigosa jornada rumo à segurança", disse hoje a OIM, em comunicado.
O sistema que regista movimentos de pessoas deslocadas, a 'Displacement Tracking Matrix' (DTM), "está atualmente a registar mais de mil chegadas por dia, entre cidadãos sudaneses, etíopes que regressam e pessoas de outros países, da Turquia, Eritreia, Somália, Quénia e outros 50 países", acrescenta-se ainda no comunicado.
A OIM está a ajudar estas pessoas que chegam ao Quénia, incluindo de países cujas embaixadas pediram apoio, incluindo "transporte da fronteira para Gondar e Adis Abeba, bem como alojamento nos centros de acolhimento transitório".
"Agradecemos o apoio dos nossos doadores, que nos permitiu dar uma resposta imediata, mas apelamos à comunidade internacional para dar mais financiamento para podermos colmatar as necessidades básicas das pessoas no terreno", disse Abibatou Wane-Fall, chefe de missão da OIM na Etiópia.
Entre as principais necessidades, a OIM elenca água, comida, abrigo para as áreas de espera, assistência médica e meios de transporte, para além de instalações de água, saneamento e higiene, conhecidas pelo acrónimo inglês WASH.
O conflito no Sudão, que opõe o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês), já provocou pelo menos 550 mortos e obrigou à deslocação de pelo menos 330.000 pessoas no interior do Sudão e mais de 100.000 pessoas a abandonar o país.
As hostilidades eclodiram em 15 de abril, após semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo governo de transição.
Ambas as forças estiveram por trás do golpe conjunto que derrubou o executivo de transição do Sudão em outubro de 2021.
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