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OIM diz que pelo menos mil pessoas fogem do Sudão todos os dias

A Organização Internacional das Migrações (OIM) disse hoje que há pelo menos mil pessoas a fugir do Sudão todos os dias, principalmente rumo à cidade de Metema, na Etiópia, que recebeu 12 mil pessoas em quase três semanas.

OIM diz que pelo menos mil pessoas fogem do Sudão todos os dias
Notícias ao Minuto

17:42 - 04/05/23 por Lusa

Mundo Sudão

"Mais de 12 mil pessoas chegaram a Metema, a cidade fronteiriça entre o Sudão e a Etiópia, desde que os combates começaram, a 15 de abril, muitas exaustas depois da longa e perigosa jornada rumo à segurança", disse hoje a OIM, em comunicado.

O sistema que regista movimentos de pessoas deslocadas, a 'Displacement Tracking Matrix' (DTM), "está atualmente a registar mais de mil chegadas por dia, entre cidadãos sudaneses, etíopes que regressam e pessoas de outros países, da Turquia, Eritreia, Somália, Quénia e outros 50 países", acrescenta-se ainda no comunicado.

A OIM está a ajudar estas pessoas que chegam ao Quénia, incluindo de países cujas embaixadas pediram apoio, incluindo "transporte da fronteira para Gondar e Adis Abeba, bem como alojamento nos centros de acolhimento transitório".

"Agradecemos o apoio dos nossos doadores, que nos permitiu dar uma resposta imediata, mas apelamos à comunidade internacional para dar mais financiamento para podermos colmatar as necessidades básicas das pessoas no terreno", disse Abibatou Wane-Fall, chefe de missão da OIM na Etiópia.

Entre as principais necessidades, a OIM elenca água, comida, abrigo para as áreas de espera, assistência médica e meios de transporte, para além de instalações de água, saneamento e higiene, conhecidas pelo acrónimo inglês WASH.

O conflito no Sudão, que opõe o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês), já provocou pelo menos 550 mortos e obrigou à deslocação de pelo menos 330.000 pessoas no interior do Sudão e mais de 100.000 pessoas a abandonar o país.

As hostilidades eclodiram em 15 de abril, após semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo governo de transição.

Ambas as forças estiveram por trás do golpe conjunto que derrubou o executivo de transição do Sudão em outubro de 2021.

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