Comparado com outros Estados membros, que congelaram entre ativos avaliados entre dois mil milhões e quatro mil milhões de euros, Chipre reportou uma quantidade "que parece ser algo baixa", disse o comissário Didier Reynders.
Depois de conversações com a ministra da Justiça cipriota, Anna Koukkides-Procopiou, a Comissão Europeia quer rever a aplicação das sanções na ilha do Mediterrâneo Oriental, dado elevado montante dos investimentos russos que aí se verificam, disse Reynders.
Citou, a propósito, um relatório do banco central cipriota que quantifica em 96 mil milhões de euros os investimentos russos só em 2020.
"É uma preocupação real, mas por enquanto estamos na fase em que pedimos para receber mais e mais (informação) sobre a razão por ser tão baixo ou sobre como se pode aumentar" a quantidade de ativos congelados, disse Reynders a jornalistas.
Acrescentou ainda que a Comissão Europeia quer sabe como e que os ativos russos saem de Chipre e outros Estados membros, "por vezes, com o apoio de fornecedores de serviços ao nível nacional", depois da invasão russa da Ucrânia.
O presidente cipriota, Nikos Christodoulides, garantiu no mês passado atacar qualquer falha nas sanções, depois de os EUA e a União Europeia terem incluído 13 pessoas físicas e legais cipriotas em uma nova ronda de sanções focadas nas ligações financeiras de dois oligarcas russas.
Christodoulides disse que Chipre já "sofreu o suficiente" de tais alegações, dada as ligações financeiras com Moscovo, acrescentando que aquele ataque dá a oportunidade de as autoridades cipriotas acabarem com a conspurcação do seu nome.
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