Kremlin? "Qualquer país que se preze" recusaria falar com Zelensky

Lavrov lançou que o regime russo sempre esteve "disposto a lidar com as consequências das tentativas dos EUA de bombardear a Ucrânia com armas", ameaçando, por isso, tomar medidas.

Notícia

© Reuters

Notícias ao Minuto
05/05/2023 09:55 ‧ 05/05/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, indicou, esta sexta-feira, que "qualquer país que se preze" recusaria, a partir de agora, conversar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, face ao alegado ataque com drones levado a cabo contra o Kremlin, na quinta-feira.

"Quanto ao ataque terrorista ao Kremlin e à residência do líder de Estado, deixamos clara a nossa posição. Acho que não devemos esperar mais incidentes e provocações", começou por dizer o responsável, durante uma conferência de imprensa, na Índia.

E prosseguiu: "Zelensky e a sua equipa estão a fazer de tudo no espaço mediático, e nos seus passos, para garantir que qualquer país que se preze se abstenha de falar ou de comunicar consigo. Isto é um facto", atirou, ameaçando que Moscovo está pronto para retaliar.

Nessa linha, Lavrov lançou que o regime russo sempre esteve "disposto a lidar com as consequências das tentativas dos EUA de bombardear a Ucrânia com armas", indicando que, neste momento, "há um entendimento crescente de que tais problemas não podem ser resolvidos na linha de contacto no Donbass".

"Acho que toda a gente compreende que o que está a acontecer é geopolítico. Sem resolver o problema geopolítico fundamental, que é o desejo do Ocidente de manter a sua hegemonia e impor a sua vontade a todos, nenhuma crise será resolvida", rematou.

Recorde-se que Moscovo acusou os Estados Unidos de estarem por trás de um ataque realizado pelos ucranianos ao Kremlin e de outros ataques ao território russo, mas Washington negou categoricamente qualquer envolvimento nestes atentados.

Por seu turno, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, negou também qualquer ligação com o ataque, referindo que Kyiv só se defende e não tem como alvo o território russo.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.709 civis desde o início da guerra e 14.666 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Ataque ao Kremlin? "Operação encenada", diz ex-primeiro-ministro de Putin

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas