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Podolyak ataca discurso de figuras russas, incluindo Medvedev

Para o conselheiro presidencial ucraniano, o discurso de algumas influentes figuras russas revela uma "forte tensão mental pessoal".

Podolyak ataca discurso de figuras russas, incluindo Medvedev
Notícias ao Minuto

17:16 - 05/05/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Mykhailo Podolyak, conselheiro presidencial da Ucrânia, recorreu às redes sociais, esta sexta-feira, para criticar o discurso de algumas figuras russas, como o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ou o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev.

Para Podolyak, as declarações destes responsáveis são destinadas "ao consumidor doméstico pouco exigente" e "nada" têm a ver "com a realidade" da guerra na Ucrânia.

"Quaisquer declarações feitas por atores russos, incluindo Lavrov, Peskov, Medvedev e, claro, Prigozhin (Wagner), são destinadas exclusivamente ao consumidor doméstico pouco exigente. Não têm nada a ver com a realidade da guerra e geralmente indicam uma forte tensão mental pessoal", notou.

"Informações reais sobre a guerra e Bakhmut estão apenas nos relatórios dos militares ucranianos", acrescentou ainda.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 436.º dia, 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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