Coroação de Carlos. HRW denuncia detenções "incrivelmente perturbadoras"
A Human Rights Watch denunciou hoje como "incrivelmente perturbadoras" as detenções feitas pela polícia de Londres esta manhã antes da coroação do rei Carlos III, incluindo de seis ativistas antimonarquia.
© Guy Smallman/Getty Images
Mundo Coroação Carlos III
"As informações que dão conta da detenção de pessoas por protestarem, pacificamente, contra a coroação são incrivelmente perturbadoras. É algo que se poderia ver em Moscovo, não em Londres", disse a autoridade da organização ao Reino Unido, Yasmine Ahmed, em comunicado enviado à agência AFP.
Seis ativistas do grupo antimonarquia "Republic", entre os quais o dirigente, Graham Smith, foram detidos hoje de manhã, em Londres, quando se preparavam para protestar contra a coroação do rei Carlos III, disseram os organizadores do protesto.
A polícia deteve "seis dos nossos organizadores e apreendeu centenas de cartazes" com o slogan "Not my King" ("Não o meu rei"), disse à agência AFP um porta-voz do grupo "Republic".
Centenas de apoiantes do grupo, que pretende substituir a monarquia britânica por uma república, com um chefe de Estado eleito, reuniram-se em Trafalgar Square, no percurso da procissão para a coroação de Carlos III.
Graham Smith estava a distribuir faixas aos manifestantes na Trafalgar Square quando foi detido pela polícia, segundo o jornal The Guardian.
O rei Carlos III vai ser coroado na Abadia de Westminster, juntamente com a rainha consorte, Camila, numa cerimónia religiosa de duas horas com cerca de 2.000 convidados.
O ritual incluiu a unção com um azeite consagrado e a entrega ao soberano de várias peças das joias da coroa que simbolizam a transmissão de poderes.
Dos vários elementos, apenas o juramento é considerado obrigatório, embora Carlos tenha assumido funções imediatamente após a morte da mãe, Isabel II, em setembro de 2022, com plenos poderes para promulgar leis.
Leia Também: Imagem da detenção de ativistas antimonarquia antes da coroação
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