As fortes chuvas provocaram inundações repentinas e deslizamentos de terras no território de Kalehe, situado na província de Kivu do Sul, e causaram vários deslizamentos de terras.
"Acabámos de acordar e começámos as escavações que estamos a realizar com o apoio dos nossos amigos da Cruz Vermelha e de vários voluntários", disse o administrador de Kalehe, Thomas Bakenga.
"Acabaram de ser encontrados dois corpos, retirados dos escombros e engolidos pela lama, o que nos dá um número provisório de 402 mortos", disse Bakenga.
Segundo Bakenga, o número de mortos atingiu os 400 na tarde de domingo, depois de terem sido encontrados 42 corpos a boiar no Lago Kivu, na fronteira com o Ruanda.
"Estamos a precisar muito da ajuda das autoridades e da população. Esta catástrofe é muito grave", sublinhou o administrador.
Perante esta tragédia, o governo congolês declarou hoje, segunda-feira, um dia de luto nacional em memória das vítimas, algumas das quais pereceram nas aldeias de Bushushsu, Nyamukubi e Chavondo, que continuam a ser as mais afectadas pela catástrofe natural.
O presidente da RDCongo, Felix Tshisekedi, expressou no Twitter as suas "sinceras condolências às vítimas das chuvas torrenciais que causaram uma devastação devastadora".
Durante a noite de 02 para 03 de maio, pelo menos 131 pessoas foram também mortas pelas fortes chuvas no vizinho Ruanda, confirmaram as autoridades.
O tipo de solo do leste da RDCongo e do Ruanda, altamente vulnerável à erosão, é facilmente enfraquecido por fatores como as chuvas torrenciais, levando por vezes a estas catástrofes.
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