O ministério dos Negócios Estrangeiros de Singapura disse, em comunicado, que dois membros da embaixada da cidade-estado em Rangum faziam parte da comitiva, mas que se encontram "sãos e salvos".
Singapura pediu um "diálogo construtivo entre todas as partes que facilite uma solução pacífica que sirva o melhor interesse do povo birmanês".
Segundo meios de comunicação social locais e os porta-vozes dos ministérios dos Negócios Estrangeiros da Indonésia e de Singapura, a delegação em que seguiam diplomatas e os responsáveis por ajuda humanitária da ASEAN foi alvo de disparos, no domingo, quando ia prestar assistência a pessoas deslocadas na localidade de Hsi Hseng, no estado ocidental de Shan.
Ainda não se sabe quem foi o autor deste ataque, que não causou vítimas, mas obrigou a comitiva a regressar a Rangum.
Uma revolta militar derrubou o governo eleito de Aung San Suu Kyi em fevereiro de 2021, pondo fim a uma década de transição democrática e desencadeando um movimento de protesto de larga escala, inicialmente pacífico, mas que levou posteriormente à formação de milícias civis para combater o exército.
Segundo a ONU, pelo menos 3.400 pessoas morreram às mãos das forças armadas birmanesas desde o golpe de Estado.
Sobre o incidente, o Presidente da Indonésia, Joko Widodo, disse na segunda-feira: "Parem com a violência, porque ninguém vai ganhar desta forma. Convido-vos a sentarem-se juntos e a conversarem para encontrar soluções".
Também o Governo dos Estados Unidos já condenou o ataque, com o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, a indicar que esses ataques "ocorrem num momento em que a violência do regime e seu desrespeito pelo Estado de direito provocaram uma maior instabilidade no terreno".
"O regime militar deve cumprir as obrigações que lhe são impostas pelo direito humanitário internacional, incluindo as normas sobre a proteção de pessoal diplomático e da população civil", de acordo com um comunicado.
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