Ucrânia "precisa de mais tempo" para lançar contraofensiva, diz Zelensky

A contraofensiva ucraniana é muito esperada, prevendo-se que seja um ponto de viragem na guerra. No entanto, para já, a data para o avanço permanece suspensa.

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© Yan Dobronosov/Global Images Ukraine via Getty Images

Daniela Carrilho
11/05/2023 09:40 ‧ 11/05/2023 por Daniela Carrilho

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Ucrânia poderia prosseguir com o avanço das suas tropas no combate pelo país, mas "perderia muita gente" motivo pelo qual, revela, "precisa de mais tempo" para lançar a tão esperada contraofensiva.

"Podemos seguir em frente e ter sucesso. Mas perderíamos muita gente. Acho isso inaceitável. Então precisamos esperar. Ainda precisamos de um pouco mais de tempo", realçou Zelensky numa entrevista a várias emissoras de televisão.

O líder ucraniano disse ainda que as suas tropas de combate estavam "prontas" para este momento, mas que ainda esperavam por "algumas coisas", incluindo veículos blindados já prometidos, para avançar.

Os militares ucranianos estão a começar a sentir o efeito da escassez de armamento russo no campo de batalha, garante Zelensky, referindo que os russos "ainda têm muito nos seus armazéns, mas já notamos que reduziram os bombardeamentos diários em algumas regiões".

Sobre a questão de possíveis concessões de terras à Rússia, Zelensky permaneceu resoluto, enfatizando que a Ucrânia não estava preparada para ceder nenhum território pela paz: "Todos têm uma ideia. Não podem pressionar a Ucrânia a entregar territórios. Porque qualquer país do mundo deveria dar a Putin o seu território?"

A contraofensiva ucraniana é muito esperada, prevendo-se que seja um ponto de viragem na guerra. No entanto, a data para o avanço permanece suspensa, tendo de ser bem analisada após as fugas de informações classificadas nas redes sociais sobre os planos de Kyiv e dos seus aliados ocidentais.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Zelensky diz que paz na Ucrânia é "questão de tempo"

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