Turquia. Parlamento Europeu sem missão de "observação eleitoral"

O Parlamento Europeu (PE) disse hoje que não enviará qualquer missão de observação às eleições gerais de domingo na Turquia e que não fará qualquer comentário institucional sobre os resultados.

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Lusa
12/05/2023 13:24 ‧ 12/05/2023 por Lusa

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Turquia/Eleições

"O PE não observará este processo eleitoral e, por conseguinte, não fará comentários sobre o mesmo nem sobre os resultados que serão anunciados posteriormente", anunciou aquela instituição europeia em comunicado.

Se algum eurodeputado decidir observar o escrutínio ou fazer comentários, será por iniciativa pessoal e não em nome da instituição, esclareceu o PE.

As missões de observação eleitoral são organizadas a convite do país onde o escrutínio decorre.

Também hoje, a UE alertou para a importância de assegurar a pluralidade dos órgãos de comunicação social na Turquia e o tratamento igualitário de todos os candidatos às eleições presidenciais e legislativas de domingo.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Peter Stano, disse esperar que as eleições do próximo domingo sejam "transparentes, inclusivas e em linha com os princípios democráticos".

As eleições presidenciais e legislativas na Turquia realizam-se no dia 14 de maio e serão decisivas para o Presidente Recep Tayip Erdogan e para o seu partido AKP, no poder há duas décadas.

A oposição apresenta uma frente unida de seis partidos que tem um único candidato à Presidência, Kemal Kiliçdaroglu, líder do maior partido da oposição turca (Partido Republicano do Povo - CHP, social-democrata).

A última sondagem divulgada na quinta-feira pelo reconhecido Instituto Konda atribui a Kiliçdaroglu 49,3% das intenções de voto na primeira volta, contra 43,7% de Erdogan.

Perto de 61 milhões de eleitores vão decidir o futuro do país, incluindo mais de três milhões de turcos que vivem no estrangeiro, incluindo em Portugal, que votaram antecipadamente.

Leia Também: Eleições na Turquia. Moscovo nega "ingerência" na campanha eleitoral

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