"O PE não observará este processo eleitoral e, por conseguinte, não fará comentários sobre o mesmo nem sobre os resultados que serão anunciados posteriormente", anunciou aquela instituição europeia em comunicado.
Se algum eurodeputado decidir observar o escrutínio ou fazer comentários, será por iniciativa pessoal e não em nome da instituição, esclareceu o PE.
As missões de observação eleitoral são organizadas a convite do país onde o escrutínio decorre.
Também hoje, a UE alertou para a importância de assegurar a pluralidade dos órgãos de comunicação social na Turquia e o tratamento igualitário de todos os candidatos às eleições presidenciais e legislativas de domingo.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Peter Stano, disse esperar que as eleições do próximo domingo sejam "transparentes, inclusivas e em linha com os princípios democráticos".
As eleições presidenciais e legislativas na Turquia realizam-se no dia 14 de maio e serão decisivas para o Presidente Recep Tayip Erdogan e para o seu partido AKP, no poder há duas décadas.
A oposição apresenta uma frente unida de seis partidos que tem um único candidato à Presidência, Kemal Kiliçdaroglu, líder do maior partido da oposição turca (Partido Republicano do Povo - CHP, social-democrata).
A última sondagem divulgada na quinta-feira pelo reconhecido Instituto Konda atribui a Kiliçdaroglu 49,3% das intenções de voto na primeira volta, contra 43,7% de Erdogan.
Perto de 61 milhões de eleitores vão decidir o futuro do país, incluindo mais de três milhões de turcos que vivem no estrangeiro, incluindo em Portugal, que votaram antecipadamente.
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