Confrontos no Chade terminam com a morte de 17 criminosos e seis soldados

Dezassete criminosos e seis soldados chadianos foram mortos em confrontos numa cidade do sul do Chade que faz fronteira com a República Centro-Africana (RCA), de onde provêm os atacantes, confirmaram hoje à EFE fontes do exército e autoridades locais.

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Lusa
12/05/2023 16:13 ‧ 12/05/2023 por Lusa

Mundo

Chade

Os confrontos tiveram lugar ontem à noite e prolongaram-se pela manhã de sexta-feira, nos arredores da sub-prefeitura de Sido, situada na fronteira com a RCA.

"Trata-se de um bando bem armado que está a espalhar o terror na localidade", disse hoje à EFE, por telefone, Oumsmane Docki, comandante das operações na zona.

"Na terça e quarta-feira passadas, estes assaltantes roubaram 342 bois a agricultores de várias aldeias do Chade, na fronteira com a República Centro-Africana", disse o comandante.

Esta foi a razão, segundo Docki, pela qual as forças de defesa e segurança chadianas foram atrás deles ontem à noite, o que levou a combates.

"Perdemos seis soldados e matámos 17 atacantes durante os combates", acrescentou.

"Estas pessoas que estão a matar e a pilhar na zona vieram da República Centro-Africana", disse hoje à EFE, por telefone, Younouss Taha, o sub-prefeito de Sido.

"Não são chadianos. Segundo informações dos nossos serviços de informação, são rebeldes centro-africanos que têm dificuldade em alimentar-se e que estão a roubar e a pilhar no Chade", acrescentou o sub-prefeito da localidade afectada.

No entanto, há mais de dois anos que o Chade acusa a RCA de albergar grupos rebeldes chadianos no seu território.

No início de Março, o governo de transição do Chade acusou mercenários do grupo paramilitar russo Wagner de apoiarem uma nova rebelião no sul do país, com base na vizinha RCA.

Desde o início de 2022, o sul do país tem sido palco de confrontos entre o exército chadiano e grupos armados.

Do mesmo modo, nos últimos meses, a violência intercomunitária entre agricultores e pastores também aumentou no sul do país.

Dezenas de grupos rebeldes operam no Chade, principalmente no norte do país e no sul da vizinha Líbia, ameaçando a estabilidade do país.

Em Abril de 2021, o Presidente Idriss Déby Itno, que governava o Chade com mão de ferro desde 1991, foi morto durante confrontos entre o exército chadiano e o grupo rebelde Frente para a Mudança e a Concórdia no Chade (FACT), sediado no sul da Líbia.

Desde então, o seu filho, o general Mahamat Idriss Déby Itno, governa o país.

Leia Também: Chade abre investigação a ataque que fez 17 mortos em aldeia no sul

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