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Estados-membros da UE acordam fim de "dependências" excessivas da China

O chefe da diplomacia europeia anunciou hoje que a maioria dos Estados-membros concordou em acabar com "dependências" excessivas da China, mas rejeitou que a União Europeia (UE) esteja a caminhar para o protecionismo económico.

Estados-membros da UE acordam fim de "dependências" excessivas da China
Notícias ao Minuto

18:57 - 12/05/23 por Lusa

Mundo UE

"Posso anunciar que a generalidade dos ministros gostou do documento que apresentámos, com as linhas gerais da recalibração da nossa relação com a China [...], de acabar com as dependências quando são grandes demais e, por isso, um risco", disse Josep Borrell, no final de uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Estocolmo, na Suécia.

A prioridade dos 27, sustentou o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, tem de ser "equilibrar as balanças comerciais" com Pequim.

Contudo, Josep Borrell assegurou que a União Europeia "não está a caminhar em direção ao protecionismo".

O chefe da diplomacia europeia considerou que o desequilíbrio entre "duas potências económicas" cria "um problema de segurança económica".

Na segunda-feira, depois de um encontro em Lisboa com o vice-presidente chinês, Han Zheng, o primeiro-ministro, António Costa, escreveu na rede social Twitter que é necessário "encontrar um maior equilíbrio nas trocas comerciais" com Pequim.

Josep Borrell referiu também que em matéria de segurança há dois problemas com a China: Taiwan e a invasão da Federação Russa à Ucrânia.

Sobre o primeiro, reiterou a posição da UE de que haja uma só China, mas que o diferendo de mais de um século entre Pequim e Taipei seja resolvido através do diálogo.

O regime de Pequim considera Taiwan uma província rebelde e ameaça tomá-la pela força se a ilha de 23 milhões de habitantes declarar a independência.

A ilha está separada do continente chinês pelo Estreito de Taiwan, com 130 quilómetros de distância no ponto mais próximo, que é uma das principais rotas de passagem das mercadorias da região para os mercados mundiais.

Em relação à invasão russa, o alto-representante para os Negócios Estrangeiros exortou hoje a China a perceber o papel que pode desempenhar para um cessar-fogo e um acordo de paz, insistindo que tem de ser desenhado com as exigências da Ucrânia.

A UE e os Estados Unidos têm criticado a posição ambígua de Pequim em relação à guerra que começou há mais de um ano e persistem dúvidas sobre as intenções da China de fornecer armamento a Moscovo.

A Comissão Europeia apresentou aos Estados-membros da UE, na semana passada, um novo pacote de medidas restritivas contra a Rússia, o décimo primeiro, para evitar que Moscovo possa contornar as sanções já em vigor.

A proposta visa, pela primeira vez, oito empresas chinesas e de Hong Kong acusadas de reexportar mercadorias sensíveis para a Rússia, de acordo com um documento citado pela agência francesa AFP.

Pequim tem dito que adotou uma postura de neutralidade e chegou a apresentar um plano de paz, apesar de ser pouco concreto e não apresentar soluções para as exigências dos dois países envolvidos.

Leia Também: Relevância da UE depende dos consensos entre Estados-membros, diz Borrell

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