Este movimento de protestos, sem precedentes na história de Israel, manteve manifestações semanais todos os sábados durante 18 semanas consecutivas que reuniram centenas de milhares de israelitas, tendo Tel Aviv como epicentro, pelo que esta será a primeira vez que será cancelada.
"Iremos continuar a manter o ritmo. Que o governo israelita não se confunda sobre as nossas intenções. Continuaremos a defender a democracia e garantiremos que Israel continuará democrático", disseram os grupos, em um comunicado citado pela EFE.
Embora a escalada da guerra com Gaza tenha começado há quatro dias, o movimento de protesto estava determinado esta manhã a manter a convocação, mas a intensificação do fogo cruzado e as baixas expectativas de uma trégua levaram a uma mudança de posição.
Esta é a primeira vez que os protestos contra a reforma judicial de Israel foram cancelados, pois continuaram mesmo um dia depois de um tiroteio palestiniano em meados de março, ter morto três civis israelitas na praça central de Dizengoff de Tel Aviv, uma das áreas mais movimentadas da cidade, em plena onda de violência.
A reforma prevista pelo governo de Benjamin Netanyahu procura aumentar o controlo do Executivo sobre a justiça, sendo vista por muitos setores sociais como uma ameaça à separação de poderes e à democracia.
Israel vive uma nova escalada de guerra com as milícias em Gaza, particularmente com a Jihad Islâmica, que já matou 33 pessoas dentro do enclave e uma em Israel, que recebeu quase mil projéteis disparados em quatro dias desde a Faixa, vários deles intercetados perto de Tel Aviv.
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