Os partidos da oposição Pheu Thai e Move Forward obtiveram cerca de 270 lugares em 500 na Câmara dos Representantes, o suficiente para uma maioria, mas aquém dos 376 necessários para ultrapassar qualquer impasse na Câmara Alta, controlada pelo governo.
Uma sondagem à boca da urna, realizada pelo Nation Group e divulgada pela Bloomberg, atribui ao Pheu Thai, liderado por Paetongtarn Shinawatra, filha do antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, 32,6% dos votos do círculo eleitoral, enquanto o Move Forward do empresário Pita Limjaroenrat obteve 29,4%, o suficiente para uma maioria formal.
A melhor previsão provém de uma sondagem realizada pela equipa do Suan Dusit antes da votação, que atribui aos dois partidos 352 lugares - 246 para o Pheu Thai e 106 para o Move Forward - a 24 da maioria que lhes permitiria negociar um novo primeiro-ministro independentemente do parecer do Senado.
No entanto, segundo a Europa Press, esta contagem "está longe de ser definitiva".
A Tailândia realizou hoje eleições gerais, as segundas após o golpe de Estado de 2014, em que estão em causa o papel dos militares na política no país.
O país já sofreu mais de uma dezena de golpes de Estado desde que se tornou numa monarquia constitucional, em 1932, o último dos quais em 2014, sob o comando do atual primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha, quando este era comandante do exército.
Mais de 52 milhões de eleitores foram chamados a votar em 70 partidos, que disputam 500 lugares da Câmara dos Representantes, a câmara baixa da Assembleia Nacional da Tailândia: 400 são eleitos diretamente e 100 escolhidos através de uma forma de representação proporcional.
A constituição da Tailândia, adotada em 2017 sob regime militar, exige que o primeiro-ministro seja escolhido por uma votação conjunta da Câmara de Representantes, com 500 membros, e do Senado, com 250 lugares nomeados pela junta no poder.
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