Um homem, de nacionalidade britânica, acusado de matar a mulher na casa de férias que tinham no Chipre, alega que a mulher "chorou e suplicou" para que o fizesse.
David Hunter é acusado do homicídio premeditado da sua mulher Janice, que morreu em 2021 vítima de asfixia.
Hoje, em tribunal, o reformado britânico recordou os "maravilhosos" 52 anos em que esteve casado com Janice. Em lágrimas, o homem acabou por detalhar a forma como matou a mulher.
Os advogados de David alegam que se tratou de um caso de morte assistida dado que a mulher padecia de uma leucemia em estado terminal. Contudo, na semana passada, o médico de Janice afirmou que apesar de esta sofrer de uma leucemia, não seria um cancro terminal.
Hoje, David detalhou a forma como a sua mulher foi ficando progressivamente mais doente e perdeu qualidade de vida.
"Chorou e suplicou que a ajudasse", reportou David, no Tribunal do Distrito de Paphos, referindo que os pedidos de ajuda duraram cerca de cinco semanas e foram-se tornando cada vez mais frequentes durante os últimos dias de vida.
"Não queria matá-la", garantiu David, que acrescentou que "não parava de chorar, chorar e chorar".
David acabou por usar as duas mãos para tapar a boca e o nariz de Janice. Esta não mostrou resistência, referiu o homem.
Foi inicialmente acusado de homicídio involuntário, em dezembro, mas está agora no banco dos réus por homicídio. Os procuradores dizem que não podem aceitar a teoria de que queria ajudar a mulher, sem provas.
"Se aceitarmos isto, todos os outros homens que, no futuro, matarem uma mulher dirão: 'Tínhamos um acordo'", disse o procurador Andreas Hadjikyrou aos jornalistas, refere o The Mirror.
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