"Como se trata de um incêndio provocado envolvendo mortes, esta é uma investigação de homicídio", disse o comandante interino da polícia de Wellington numa conferência de imprensa.
Dion Bennett recusou revelar as supostas circunstâncias do incêndio que começou por volta da meia-noite de segunda-feira (11h00 de segunda-feira em Lisboa) no albergue Loafers Lodge, num edifício com quatro andares e 92 quartos.
No entanto, o comandante garantiu que a polícia tem uma lista de pessoas que vai interrogar para identificar possíveis suspeitos.
Uma equipa de agentes entrou no prédio hoje para iniciar a investigação e recuperar os restos mortais que se acredita ainda estarem no interior.
As autoridades temem que o número de mortos possa aumentar, numa altura em que "menos de 20 pessoas" permanecem desaparecidas.
Os serviços de emergência estimam que 94 pessoas estavam no albergue quando deflagrou o incêndio, mas Dion Bennett lembrou a possibilidade de que várias tenham deixado o albergue por conta própria ou não tenham lá ficado na noite da tragédia.
Cinco pessoas também ficaram feridas, uma delas com gravidade.
O edifício onde ocorreu o incidente não dispunha de extintores de incêndio, algo que não era obrigatório por se tratar de um edifício antigo.
Após o incêndio, o primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Hipkins, ordenou uma revisão dos regulamentos para acomodações de alta densidade.
Segundo a autarca de Wellington, o albergue Loafers Lodge acolhia trabalhadores e pessoas vulneráveis, entre residentes de longo e curto prazo.
Tory Whanau disse que alguns vivem com baixos rendimentos ou estão de forma "transitória" na Nova Zelândia, país que vive uma crise imobiliária.
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