EUA reafirmam "compromisso" com Indo-Pacífico apesar de viagem cancelada

Os Estados Unidos reafirmaram esta quarta-feira o seu "compromisso" com o Indo-Pacífico, região com a qual procura estreitar relações para rivalizar com a China, apesar de Joe Biden ter cancelado a sua viagem a Papua Nova Guiné e Austrália.

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© BRENDAN SMIALOWSKI/AFP via Getty Images

Lusa
18/05/2023 09:17 ‧ 18/05/2023 por Lusa

Mundo

Estados Unidos

O chefe de Estado norte-americano partiu esta quarta-feira para Hiroshima (Japão) para participar na cimeira do G7, mas regressará a Washington antes do previsto para negociar com os republicanos um acordo para elevar o teto da dívida que impeça o país de entrar pela primeira vez em incumprimento.

"O nosso compromisso com as ilhas do Pacífico e com a região do Indo-Pacífico perdura e é por isso que tivemos reaproximações com essa parte do mundo", salientou o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, em conferência de imprensa.

Patel deu como exemplo que os Estados Unidos abriram uma nova embaixada em Port Moresby, capital da Papua Nova Guiné, no ano passado, mas não especificou se o secretário de Estado, Antony Blinken, planeia visitar o país, substituindo Joe Biden.

O Presidente dos EUA manteve na terça-feira uma conversa telefónica com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, para informá-lo de que adiou a viagem que planeava e que previa a participação na cimeira do Quad (EUA, Austrália, Índia e Japão).

Joe Biden convidou ainda Anthony Albanese a visitar Washington.

O Governo norte-americano também contactou o primeiro-ministro da Papua Nova Guiné, James Marape, para o informar da suspensão da viagem.

A Casa Branca tinha classificado esta visita como "histórica", por ser a primeira de um Presidente norte-americano a um país das ilhas do Pacífico.

As autoridades daquela nação tinham ainda declarado a próxima segunda-feira como feriado nacional para receber Biden com honras de Estado.

Biden garantiu esta quarta-feira que haverá um acordo entre democratas e republicanos sobre o teto da dívida que evitará a suspensão de pagamentos do país, porque todos os líderes envolvidos "entendem as consequências" de não chegar a esse consenso.

A dívida dos Estados Unidos atingiu em 19 de janeiro 31 biliões de dólares, o limite máximo fixado para o Governo contrair empréstimos para se financiar.

Foram adotadas medidas temporárias para continuar a pagar, mas as negociações entre democratas e republicanos permanecem num impasse, com a oposição republicana a recusar aumentar o teto da dívida sem concessões.

O Departamento do Tesouro já tinha apontado a data de 01 de junho como provável para um eventual incumprimento da primeira economia mundial, uma situação inédita.

Atualmente, os republicanos controlam a Câmara dos Representantes e tentam forçar Biden a negociar cortes nos programas sociais como contrapartida para uma suspensão do teto da dívida.

Leia Também: Biden garante que os EUA não vão entrar em incumprimento

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