A Polícia Nacional espanhola desmantelou uma rede de exploração sexual de mulheres que recrutava jovens sul-americanas em discotecas no bairro de Chamartín, em Madrid.
As vítimas estavam fechadas em casas em Tetuán e Chamartín, onde tinham sido instaladas câmaras de videovigilância para as vigiar, noticia o El Mundo.
As mulheres, inicialmente aliciadas com a promessa de serem modelos em festas de luxo, acabavam por ser obrigadas a prostituir-se em condições precárias e de forma permanente. Todas as mulheres eram forçadas a trabalhar como prostitutas durante 24 horas por dia, sob o controlo permanente das suas entradas e saídas e vigiadas por câmaras nas diferentes salas do edifício.
Os membros da organização criminosa, sob uma rigorosa divisão de tarefas, planeavam os serviços a executar pelas suas vítimas, estabelecendo preços e horários com os clientes.
A investigação teve início em novembro, depois de as autoridades terem tido conhecimento de que uma menor estava detido numa casa na capital.
Durante a operação foram ainda apreendidos uma grande variedade de substâncias estupefacientes, medicamentos, ferramentas, dois veículos e quase 30 mil euros em dinheiro.
Entre os detidos, encontrava-se um casal venezuelano que geria a rede e que mais tarde veio a revelar-se que usufruía de um elevado nível de vida, justificando os seus rendimentos através de uma empresa fictícia de comércio de vestuário.
No âmbito da operação, foram libertadas 12 mulheres colombianas, uma das quais menor de idade, e foram detidas 16 pessoas.
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