O terceiro candidato à corrida presidencial, Sinan Ogan, da extrema-direita, conquistou 5,17% dos votos, de acordo com os dados da mesma entidade, que praticamente não diferem dos números provisórios fornecidos pela agência oficial Anatólia.
Uma vez que nenhum dos candidatos alcançou a maioria absoluta, realizar-se-á uma segunda volta definitiva a 28 de maio entre Kiliçdaroglu e Erdogan, que pretende prolongar por mais cinco anos a sua permanência de duas décadas no poder na Turquia, inicialmente como primeiro-ministro e desde 2014 como Presidente.
Nos últimos dias, os partidos da oposição impugnaram os resultados de cerca de 3% das urnas, alegando divergências entre as atas eleitorais assinadas e os números que surgem no sistema digitalizado, mas não se esperava uma alteração substancial do resultado.
Pouco mais de um milhão de boletins de voto foram invalidados, de um total de 54,8 milhões de quase 61 milhões de eleitores recenseados, o que corresponde a uma participação eleitoral de 87%, quase um ponto percentual acima da registada nas eleições de 2018 e a mais elevada em duas décadas.
Entre os 1,7 milhões de cidadãos turcos que votaram no estrangeiro, Erdogan obteve uma clara maioria de 58%, ao passo que Kiliçdaroglu apenas alcançou 40%, um fenómeno que também se observou nas eleições anteriores.
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