O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Alexander Grushko, considerou, este sábado, que a entrega de caças F-16 a Kyiv por parte dos aliados representa "riscos colossais" para o Ocidente.
As declarações surgem depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter dito, na sexta-feira, que Washington apoia os seus aliados na formação de pilotos ucranianos na utilização de caças F-16, embora não tenha sido tomada nenhuma decisão concreta sobre a entrega destes aviões.
"Vemos que os países do Ocidente ainda estão a aderir a um cenário de aumento de tensão. Envolve riscos colossais para eles", ameaçou o responsável, citado pela agência Tass.
Grushko referiu ainda que este avanço seria tido em conta, assim como garantiu que a Rússia tem "todos os meios para alcançar os objetivos que estabeleceram".
Ainda na sexta-feira, o presidente da Ucrânia, que está hoje em Hiroshima, no Japão, onde decorre um reunião do G7, agradeceu esta "decisão histórica" da administração Biden. "Saúdo a decisão histórica dos Estados Unidos de apoiar a coligação internacional para a entrega de aeronaves de combate. Isso ajudará consideravelmente a nossa força aérea", escreveu Volodymyr Zelensky numa publicação partilhada no Twitter.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia foi justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.
A ofensiva foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados, desde o início da guerra, 8.534 civis mortos e 14.370 feridos, sublinhando que os números estão aquém dos reais.
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