Urnas encerradas em Timor-Leste, Austrália e Coreia do Sul
As urnas para as maiores legislativas timorenses de sempre fecharam em Timor-Leste, na Coreia do Sul e na Austrália, ao mesmo tempo em que, devido à diferença horária, tem início a votação na Europa.
© Lusa
Mundo Timor-Leste
As votações na Austrália foram as primeiras a fechar, às 15:00 locais (06:00 em Lisboa), seguindo-se as da Coreia do Sul e de Timor-Leste, faltando ainda votar os eleitores que estavam, na hora marcada para o fecho, já na fila para votar.
No caso dos três centros de votação na Austrália, cujos resultados serão os primeiros a ser conhecidos, a taxa de participação foi de 43,22%, tendo votado 969 dos 1.442 eleitores recenseados.
Em Melbourne votaram 623 eleitores, tendo votado 173 eleitores cada nos centros de Sydney e Darwin.
No caso de Melbourne, muitos dos votantes ficaram, depois, na sala, a acompanhar o escrutínio dos votos, com os boletins a serem mostrados, um a um, aos presentes.
Não há ainda dados da participação nem na Coreia do Sul nem em Timor-Leste, onde arranca agora o complexo processo de contagem.
Pouco antes do encerramento, o diretor-geral do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), Acilino Manuel Branco, disse à Lusa que não tinha havido registos de incidentes graves, com a jornada a decorrer com normalidade.
"Desde a manhã até agora todos os centros de votação no território nacional a funcionar bem; abriram a horas. Percorri inúmeros centros em Díli e vi, em muitos deles, grandes filas de eleitores a participar", disse à Lusa.
"A minha expectativa é de uma participação alta", explicou.
Entre outros aspetos, Acilino Manuel Branco referiu-se a alguns centros de votação onde os fiscais de um partido político queriam entrar todos, ao mesmo tempo, no espaço de votação, normalmente salas de aulas em escolas.
O primeiro rumor do dia, notou, foram alegadas queixas sobre a tinta indelével roxa que é usada para marcar os dedos dos eleitores, e que, tal como ocorreu nas presidenciais de 2022, foi adquirida com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Manuel Branco disse não ter encontrado qualquer fundamento para o rumor, que já teve direito a fotos nas redes sociais.
São 17 os partidos que disputam as eleições de hoje em Timor-Leste, cuja contagem pode demorar vários dias. Mais de 890 mil eleitores estão registados para a votação, na qual vão ser escolhidos os 65 deputados do Parlamento Nacional.
Oito dos partidos têm assento parlamentar e um faz a sua estreia, sendo que para eleger deputados as forças políticas têm de obter mais de 4% dos votos válidos.
A jornada eleitoral terá o maior número de sempre de eleitores no país e na diáspora, e o maior número de centros de votação.
Milhares de observadores de Timor-Leste e de vários países e centenas de jornalistas estavam acreditados para acompanhar a votação.
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