UE exorta Grécia a investigar alegado abandono de migrantes no Mar Egeu

Bruxelas exortou hoje as autoridades da Grécia a investigarem o alegado abandono de requerentes de asilo no Mar Egeu pela guarda costeira grega e revelou que a agência europeia para as fronteiras ainda não identificou o incidente.

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Lusa
22/05/2023 12:45 ‧ 22/05/2023 por Lusa

Mundo

Mar Egeu

"A Grécia tem de investigar através das suas autoridades competentes", disse em conferência de imprensa a porta-voz da Comissão Europeia para as Migrações, Anitta Hipper, em Bruxelas.

Sobre a atuação da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), a porta-voz da Comissão Dana Spinant revelou que a agência "ainda não conseguiu identificar este incidente em específico" e insistiu que Atenas tem de respeitar as convenções internacionais e da União Europeia (UE) em matéria de acolhimento de requerentes de asilo.

Já a Comissária para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, anunciou na rede social Twitter que "enviou um pedido formal às autoridades gregas para que este incidente seja investigado na totalidade e com independência".

Na última quinta-feira, o diário norte-americano The New York Times divulgou um vídeo em que é possível observar um grupo de requerentes de asilo que estava na ilha de Lesbos a ser levado por elementos da guarda costeira numa carrinha para uma embarcação, que depois é abandonada à deriva no Mar Egeu.

Nas imagens, captadas por um elemento de uma organização não-governamental (ONG) que as partilhou com o The New York Times, é possível ver elementos da guarda costeira da Grécia a levar homens, mulheres e crianças -- uma delas com seis meses à data da captação das imagens, segundo o Times -- para uma lancha da guarda costeira, sendo posteriormente levados para outra embarcação, que foi deixada à deriva.

A Grécia tem sido acusada por várias ONG de abandonar requerentes de asilo e migrantes no mar e de os devolver quando já estão a pisar terra firme.

Atenas tem rejeitado as acusações, mas o vídeo divulgado na última semana contradiz a posição oficial das autoridades.

Leia Também: Ancara "tem tudo a ganhar" com aproximação a Atenas

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