"A ira pública foi provocada pelos comentários provocatórios de Sheikh Hasina, que está atualmente em fuga na Índia, e que provocaram uma indignação popular profunda, que se manifestou neste ataque", afirmou o executivo interino do Bangladesh num comunicado.
O Governo indicou que o vandalismo "inesperado e indesejado", perpetrado com uma escavadora, resultou na destruição parcial da residência do pai de Hasina, Sheikh Mujibur Rahman.
Hasina, que esteve ininterruptamente no poder durante os últimos 15 anos, foi forçada a abandonar o país a 05 de agosto, após várias semanas de violentos tumultos iniciados por estudantes, que foram duramente reprimidos e causaram centenas de mortes.
A antiga primeira-ministra, cuja extradição está a ser solicitada pelo Governo interino a Nova Deli, enfrenta vários processos penais no Bangladesh, incluindo acusações de homicídio, tortura, rapto, crimes contra a humanidade, orquestração de desaparecimentos forçados e genocídio.
Os discursos da antiga primeira-ministra a partir de Nova Deli, dirigidos maioritariamente aos seus correligionários da Liga Awami, têm sido marcados pela rejeição das acusações de que é alvo.
"Se Sheikh Hasina se abstiver de fazer declarações, é possível evitar novos incidentes", acrescentou o Governo interino.
Considerado o pai fundador do Bangladesh, Mujibur Rahman desempenhou um papel importante na guerra de independência do país contra o Paquistão em 1971.
Rahman foi assassinado na casa localizada em na capital, Daca, juntamente com a maior parte da sua família em 15 de agosto de 1975 por um grupo de opositores militares.
A casa foi posteriormente convertida em museu, ilustrando a vida em família do fundador com o seu mobiliário e objetos pessoais, e assinalando os locais onde Rahman e os familiares foram assassinados.
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