Segundo a organização, a decisão afeta a Mahibere Kidusan TV por causa de notícias publicadas no domingo, segundo as quais tinha sido criada uma comissão para lidar com as tensões no seio do Sínodo sobre a nomeação de novos bispos na região de Oromia, noticiou o jornal Addis Standard.
A estação de televisão citou um comunicado da própria comissão que afirmava que esta iria "vigiar" bispos não identificados, acusados de promoverem uma "agenda" no seio do organismo, o que levou a EMA a sublinhar que a história "está fora do papel dos meios de comunicação social religiosos" no incitamento contra a atual assembleia.
A Igreja Ortodoxa etíope declarou, em fevereiro, ter resolvido uma disputa interna depois de um grupo de bispos ter declarado um cisma no seu seio, uma decisão tomada após um processo de conversações que terá envolvido o primeiro-ministro, Abiy Ahmed.
A tensão começou a 22 de janeiro, quando três bispos ortodoxos declararam a criação do chamado Santo Sínodo de Oromia, Nações e Nacionalidades, inicialmente composto por 25 bispos. Todos eles foram excomungados com fulminação três dias depois pelo ramo principal, o Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa Etíope Tewahedo, seguido por cerca de 50 milhões de fiéis em todo o país.
Por detrás da cisão está o arcebispo Abune Sawiros, que explicou a sua decisão de se dissociar da Igreja Tewahedo por considerar que os seus líderes não se esforçaram por prestar serviços religiosos nas línguas tribais, o que levou à perda de milhões de fiéis nos últimos anos em Oromia e na região sul.
A crise agravou-se em 4 de fevereiro, quando oito pessoas foram mortas numa tentativa de ocupação da igreja de São Miguel Arcanjo, segundo a Comissão Etíope dos Direitos Humanos.
O Sínodo da Igreja Ortodoxa está atualmente a realizar a sua conferência anual em Adis Abeba.
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