"Trata-se de promover Timor como destino de investimento. O Presidente é o embaixador por excelência, o embaixador número um do país e a sua função, além das responsabilidades domésticas tem que ser mesmo de promoção do país, algo que sei fazer, posso fazer e tenho que fazer", disse José Ramos-Horta à Lusa.
"Uma boa parte das minhas intervenções serão sempre para promover Timor como um país democrático, de plenas liberdades, com a adesão à ASEAN em mente e com as grandes potencialidades de Timor-Leste para investidores, que são indispensáveis para o arranque económico do país", afirmou.
Durante a visita à Coreia do Sul, Ramos-Horta é o principal interveniente na 18ª edição do Fórum de Jeju para a Paz e a Prosperidade, dedicado este ano ao tema de "Trabalhar em conjunto para uma paz sustentável e a prosperidade no indo-pacífico", onde participam, entre outros, o presidente coreano e 1.000 delegados de todo o mundo.
O fórum é uma plataforma de diálogo lançada em 2001 que visa procurar soluções criativas para a cooperação internacional e debater "questões globais oportunas com numerosos líderes e especialistas" de todo o mundo.
O chefe de Estado timorense tem previsto um encontro de trabalho com o seu homólogo coreano, Yoon Suk Yeol, e com representantes de corporações e empresas de vários setores, incluindo o setor do petróleo e gás e das telecomunicações.
De Seoul, no regresso a Timor-Leste, Ramos-Horta intervém em Singapura no Shangri-la Dialogue, considerada uma das principais cimeiras da região sobre segurança e defesa e em que participam, entre outros, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.
Está igualmente previsto um jantar com a presidente de Singapura, Halimah Yacob e o primeiro-ministro do país, Lee Hsien Loong.
Poucos dias depois de regressar a Timor-Leste, José Ramos-Horta parte para Roma onde participa, a convite do papa Francisco, num encontro com 39 prémios Nobel, marcado para 10 de junho.
O Parlamento Nacional timorense convocou para quinta-feira uma sessão plenária extraordinária para aprovar os pedidos de deslocação ao estrangeiro do chefe de Estado.
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