"Apesar dos repetidos apelos da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e de líderes internacionais, os ocupantes não estão a reduzir a sua presença na central nuclear de Zaporíjia", disse o GUR, em comunicado.
"Neste momento, a zona dos reatores um, dois e quatro está a ser utilizada como base militar e logística", acrescentou a mesma nota informativa, que vem acompanhada de duas fotografias em que se veem vários camiões no interior da central nuclear, de acordo com as agências internacionais.
Segundo as autoridades ucranianas, as forças russas mantêm veículos blindados e camiões militares próximos a esses reatores, eventualmente com munições e material explosivo.
O GUR denuncia ainda que os trabalhadores da central nuclear encarregados da sua fiscalização estão proibidos de aceder a estas áreas.
"Aqueles que tentaram realizar rondas de controlo sofreram agressões", acrescentou o comunicado, que garante que alguns dos funcionários que procuraram vigiar as instalações estão no hospital em estado grave.
Kiev acusa a Rússia de usar a central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa, para lançar ataques militares contra a Ucrânia, de forma a que as forças ucranianas não possam responder, com receio de causar um acidente nuclear.
Por sua vez, Moscovo acusa a Ucrânia de bombardear sistematicamente a central nuclear, que está sob controlo russo.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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