Guiné-Bissau. Recurso à banca para "necessidade inadiáveis" das eleições
O Governo da Guiné-Bissau fez um empréstimo bancário para fazer face a "necessidade inadiáveis" das eleições legislativas de 04 de junho, disse hoje à Lusa fonte governamental.
© Lusa
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Segundo a mesma fonte, o executivo recorreu a um empréstimo no valor de 1,87 mil milhões de francos cfa (cerca de 2,7 milhões de euros).
A mesma fonte explicou o Governo já teve a anuência de um banco comercial de Bissau do valor em causa e que será reposto assim que entrar o dinheiro prometido pela comunidade internacional.
A verba em causa destina-se a pagar ações no dia da votação, nomeadamente o transporte do material para as assembleias do voto, combustível para as comissões regionais de eleições, bem como o pagamento de subsídios às pessoas que vão trabalhar nas mesas de voto.
A fonte sublinhou que, contando com a diáspora, serão cerca de 3.400 mesas de voto.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Governo da Guiné-Bissau assinaram em março o Projeto de Apoio ao Ciclos Eleitorais, para o período entre 2023 e 2025, no valor de 5,3 milhões de euros, que prevê apoiar as legislativas de 04 de junho e as presidenciais, que se devem realizar em 2025.
Mas, segundo o PNUD, a resposta dos parceiros ao projeto está a ser lenta e em 10 de maio apresentava uma diferença de três milhões de dólares (2,8 milhões de euros).
Portugal, que entregou na terça-feira material eleitoral à Guiné-Bissau, incluindo boletins de voto, no valor de 300 mil euros, anunciou um apoio extraordinário de 250 mil euros ao processo eleitoral no âmbito da cooperação multilateral.
O PNUD avançou com cerca de um milhão de dólares (cerca de 930 milhões de euros) para a aquisição de cabines de votação, selos para as urnas e canetas marcadoras de tinta indelével.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, tinha já afirmado no início deste mês que estavam em curso diligências para suprir o défice orçamental para as legislativas.
As eleições legislativas da Guiné-Bissau estão orçadas em 7,9 mil milhões de francos cfa (cerca de 12 milhões de euros), segundo o ministro das Finanças guineense, Ilídio Té, que disse que o Governo cobriu cerca de 70% daquele valor.
Duas coligações e 20 partidos políticos iniciaram em 13 de maio a campanha eleitoral para as sétimas eleições legislativas de 04 de junho, depois de o parlamento guineense ter sido dissolvido em 18 de maio de 2022.
A campanha eleitoral na Guiné-Bissau vai decorrer até 02 de junho.
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