"Dentro de horas". Rússia estará a preparar-se para fingir ataque nuclear

O Ministério da Defesa da Ucrânia adiantou que as forças de Moscovo tencionam, "obviamente", culpar Kyiv.

Notícia

© Reuters

Notícias ao Minuto
26/05/2023 22:04 ‧ 26/05/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

Os serviços secretos do Ministério da Defesa ucraniano avançaram, esta sexta-feira, que as forças russas estão a preparar-se para fingir a ocorrência de um ataque nuclear na central de Zaporíjia "dentro de horas", de modo a "provocar a comunidade internacional e levar a uma investigação detalhada, que requererá um cessar-fogo".

"Os russos estão a preparar uma provocação massiva, e um acidente falso na central nuclear de Zaporíjia acontecerá nas próximas horas. Estão a planear atacar o território. Depois, anunciarão a fuga de substâncias radioativas", escreveu a entidade, na rede social Twitter.

O organismo adiantou que as forças de Moscovo tencionam, "obviamente", culpar a Ucrânia.

"Os russos sabotaram a rotação de hoje da equipa da missão de monitorização da Agência Internacional de Energia Atómica [AIEA]. Pretendem provocar a comunidade internacional e levar a uma investigação detalhada, que requererá um cessar-fogo", complementou, apontando que o exército russo "aproveitará esta pausa tão desejável para reagrupar o pessoal ocupacional e deter a contraofensiva ucraniana".

De notar que, esta sexta-feira, a AIEA revelou, em comunicado, que o seu diretor, Rafael Grossi, tenciona apresentarm, na terça-feira, junto da Organização das Nações Unidas (ONU), propostas para proteger a central nuclear ucraniana de Zaporíjia, ocupada pela Rússia.

O responsável considerou, no início deste mês, que a situação no local estava a “tornar-se cada vez mais imprevisível e potencialmente perigosa", principalmente depois de o governador daquela área ocupada pela Rússia, Yevgeny Balitsky, ter ordenado a retirada de civis.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.895 civis desde o início da guerra e 15.117 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: ONU debate propostas sobre central nuclear de Zaporíjia na terça-feira

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas