Visita de ministro chinês aos EUA acabou com promessa para reatar diálogo

A visita do ministro do Comércio da China aos Estados Unidos, uma das primeiras de um líder chinês desde 2020, não ajudou a aliviar as tensões mas terminou com a promessa de manter abertas linhas de comunicação.

Notícia

© Getty Images

Lusa
27/05/2023 06:51 ‧ 27/05/2023 por Lusa

Mundo

Diplomacia

Após um encontro com a sua homóloga norte-americana, Gina Raimondo, em Washington, na quinta-feira, Wang Wentao viajou para Detroit esta sexta-feira, para uma reunião com a embaixadora da Casa Branca responsável pelo comércio, Katherine Tai, à margem de uma reunião ministerial de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês).

Em comunicado, Katherine Tai realçou que discutiu "a importância das relações comerciais EUA-China e o diálogo contínuo" entre as duas maiores potências económicas do mundo.

Tal como após o encontro com Raimondo, a agência de notícias estatal Xinhua descreveu o encontro em Detroit como "franco, pragmático e profundo".

De acordo com a agência de notícias, Wang reiterou as preocupações da China com as políticas comerciais dos EUA, bem como com Taiwan, com quem os Estados Unidos estão a negociar um tratado de livre comércio.

Já Raimondo e Tai lembraram ao ministro chinês as preocupações norte-americanas sobre ações contra as suas empresas, depois da China ter restringido as suas compras à gigante norte-americana Micron, por motivos de segurança.

Esta decisão foi vista como uma resposta às medidas tomadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que proibiu as exportações dos semicondutores mais eficientes para a China, temendo que Pequim os utilizasse militarmente.

De forma geral, as tensões são altas entre as duas superpotências que se envolvem numa competição acirrada, seja diplomática, militar, tecnológica ou económica, e estão em desacordo em vários campos diplomáticos, como Taiwan e Rússia.

Estas tensões escalaram no ano passado após a visita da então presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, a Taiwan governada democraticamente, levando a China, que reivindica a ilha como seu território, a lançar exercícios militares em torno daquele território.

As relações EUA-China ficaram ainda mais tensas no início deste ano, depois dos EUA terem derrubado o que consideraram ser um 'balão espião' chinês que cruzou os Estados Unidos.

No entanto, Washington e Pequim renovaram contactos de alto nível nas últimas semanas, inclusive durante uma reunião entre o conselheiro de segurança nacional do Presidente Biden, Jake Sullivan, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, no início deste mês em Pequim.

Leia Também: Quatro mortos em explosão de artigos de pirotecnia na China

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas