"Para que uma verdadeira democracia e a liberdade possam acontecer neste país, para se livrarem de um governo autoritário, convido todos os cidadãos a votarem", disse o candidato da oposição após colocar o seu boletim de voto na urna em Ancara.
Kiliçdaroglu apelou também aos eleitores para que se mantenham perto das urnas após o fecho das assembleias de voto (pelas 17h00 locais, 15h00 em Lisboa), "porque esta eleição decorreu em condições muito difíceis".
"Tem-se proferido todo o tipo de difamações e calúnias, mas confio no bom senso dos cidadãos. A democracia virá com certeza a este país, a liberdade chegará", disse aos seus apoiantes que, reunidos em frente à assembleia de voto, aplaudiram quando o candidato saiu.
O presidente cessante, Recep Tayyip Erdogan, considerado favorito nesta inédita segunda volta, votou minutos mais tarde em Istambul, acompanhado da mulher e sob o olhar de uma multidão.
"Nenhum país do mundo tem taxas de participação de 90%. A Turquia quase os alcançou. Peço aos meus concidadãos que venham votar sem fraquejar", disse.
"Há dois candidatos. O resultado será conhecido rapidamente", prometeu Erdogan, que a oposição acusa de autoritarismo e de querer manipular os resultados a seu favor, se necessário.
As assembleias de voto abriram hoje às 08h00 (06h00 em Lisboa) na Turquia para uma inédita segunda volta das presidenciais, entre Erdogan e Kiliçdaroglu.
Na primeira volta, a taxa de participação foi de 87% dos inscritos e Erdogan, islamista conservador, no poder desde 2017, obteve 49,5% dos votos contra 44,9% de Kiliçdaroglu, de centro-esquerda e laico, que contestou os resultados oficiais.
Apesar de não existirem projeções, deverá ser difícil a Kiliçdaroglu captar os 2,6 milhões de votos que lhe faltam para chegar à Presidência.
Para o escrutínio presidencial na Turquia, país membro da NATO com cerca de 85 milhões de habitantes, mais de 61 milhões eleitores inscritos vão poder exercer o direito de voto.
Os primeiros resultados da eleição são esperados ao início da noite.
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