Paramilitares acusam exército do Sudão de atacar instalações da ONU

O grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido acusou hoje o exército sudanês de violar a trégua em vigor e de atacar "uma das sedes da ONU" em Cartum, bem como as suas posições, bairros residenciais e instalações públicas.

Notícia

© Getty Images

Lusa
30/05/2023 21:20 ‧ 30/05/2023 por Lusa

Mundo

Sudão

Na denúncia, através de um comunicado, as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) alegam "violações contínuas" apesar da trégua humanitária, que na segunda-feira foi prolongada por um período de cinco dias após a mediação da Arábia Saudita e dos Estados Unidos entre representantes das duas partes, que protagonizam os confrontos desde 15 de abril.

Especificamente, as RSF acusam o exército de ter atacado "com artilharia pesada e veículos blindados" uma guarnição paramilitar em Sak al Omleh, em Cartum.

Os paramilitares acrescentam que "conseguiram repelir o ataque" e utilizaram "o direito de autodefesa" para se apoderarem de um dos campos das forças armadas e de todos os seus abastecimentos.

No entanto, os paramilitares alegaram que o exército também bombardeou "várias áreas residenciais" nas cidades de Bahri e Um Durman, "para além de atacar instalações públicas, incluindo uma das sedes da ONU em Cartum".

Até à data, a ONU não confirmou que as suas instalações na capital tenham sido atacadas, enquanto o exército não comentou as alegações das RSF.

Desde o início do conflito, em 15 de abril, várias sedes da ONU e de agências das Nações Unidas foram saqueadas e vandalizadas, tendo alguns dos seus trabalhadores sido também mortos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o conflito causou a morte de pelo menos 850 pessoas e mais de 5.500 feridos, tendo a maior parte dos hospitais da capital ficado fora de serviço.

A organização não-governamental de monitorização de conflitos ACLED alega que os confrontos já provocaram a morte de pelo menos 1.800 pessoas.

Os combates provocaram igualmente a deslocação interna e externa de mais de 1,3 milhões de pessoas, segundo a ONU.

Leia Também: Conselho de Segurança da ONU renova sanções ao Sudão do Sul por um ano

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas