"Todos os direitos e interesses legítimos dos sérvios do Kosovo devem ser respeitados", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas.
"Nós oferecemos o nosso apoio incondicional à Sérvia e aos sérvios", sublinhou o porta-voz.
Peskov acrescentou que não deve haver espaço para "ações de provocação" que prejudiquem os direitos dos sérvios.
"Naturalmente, estamos a acompanhar de perto o desenvolvimento da situação e estamos preocupados", reiterou o porta-voz do Kremlin.
Peskov acrescentou que o Presidente russo, Vladimir Putin, não tem para já planos para falar com o seu homólogo sérvio, Aleksander Vucic.
A NATO já tinha anunciado que vai reforçar a sua presença no Kosovo, após os confrontos registados na segunda-feira entre manifestantes sérvios e as tropas da força internacional no Kosovo, liderada pela NATO (KFOR), que deixaram mais de 50 civis e 30 soldados feridos na localidade kosovar de Zvecan.
A tensão permanece alta hoje no norte de Kosovo, onde centenas de manifestantes sérvios estão reunidos novamente após os conflitos de segunda-feira.
Há vários dias a situação está muito tensa na região, que há anos vive de crise em crise. Muitos membros da comunidade sérvia, etnia maioritária em quatro cidades no norte do Kosovo, não reconhecem a autoridade de Pristina e são leais a Belgrado.
Os sérvios boicotaram as eleições municipais de abril, que teve uma participação inferior a 3,5 por cento nestas localidades, o que resultou na eleição de autarcas de etnia albanesa, que é maioritária no país como um todo.
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