Tara Reade - a mulher que, em 2020, acusou o presidente norte-americano, Joe Biden, de abuso sexual - deixou os Estados Unidos e instalou-se em Moscovo, onde está a tentar obter cidadania russa.
Segundo o jornal The Guardian, que cita declarações à imprensa russa, a mulher, de 59 anos, garante que se sente "segura, ouvida e respeitada" na Rússia.
"Quando desci do avião em Moscovo, pela primeira vez em muito tempo, senti-me segura, ouvida e respeitada", contou ao Sputnik.
"Gostaria de pedir cidadania russa ao presidente da Federação Russa, Vladimir Putin. Prometo ser uma boca cidadã", acrescentou, frisando, no entanto, que pretende manter a cidadania norte-americana.
Ao jornal russo, confessou que a decisão de ir para a Rússia "foi muito difícil", mas considera que está "em segurança", sobretudo numa altura em que se preparam as eleições de presidenciais de 2024, às quais Joe Biden já anunciou a sua candidatura.
"Senti que, enquanto as eleições se preparam e há tanta coisa em jogo, estou melhor aqui e em segurança. O meu sonho é viver nos dois locais, mas pode ser que viva só aqui e não faz mal", afirmou.
"Aos meus irmãos e irmãs russos, lamento neste momento que as elites americanas estejam a optar por uma postura tão agressiva. Saibam que a maioria dos cidadãos americanos querem ser amigos e esperam que possamos voltar a ter unidade", acrescentou.
Tara Reade acusou Joe Biden, de 80 anos, de a ter agredido sexualmente num corredor do Congresso dos Estados Unidos em 1993, quando ele era senador e ela sua funcionária.
Em 2020, a mulher revelou que foi vítima de abuso sexual, quando o agora presidente dos Estados Unidos a atirou contra um corredor no Congresso e lhe colocou a mão por baixo da sua blusa e saia.
Joe Biden negou oficialmente a acusação de agressão sexual. "Estou a afirmar inequivocamente que nunca, nunca aconteceu", garantiu, na altura.
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