Zelensky espera "convite claro" para adesão à NATO na cimeira de julho

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje esperar um "convite claro à adesão" à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) na cimeira da Aliança Atlântica de julho, falando num "ano de decisões", que inclui também integração europeia.

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© Artur Widak/NurPhoto via Getty Images

Lusa
01/06/2023 13:02 ‧ 01/06/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"No verão, em Vílnius [capital da Lituânia] na cimeira da NATO, é necessário um convite claro para a adesão da Ucrânia e são necessárias garantias de segurança no caminho para a integração", declarou Volodymyr Zelensky, intervindo na sessão pública da cimeira da Comunidade Política Europeia, que decorre na cidade de Bulboaca e perto da fronteira ucraniana.

Aquele que é um convidado de honra deste encontro, que junta na Moldova 45 países e três líderes de instituições europeias, apontou ser também "necessária uma decisão clara e positiva na adesão à UE", pelo que este é "um ano de decisões".

Assinalando que a Ucrânia está a "preparar uma cimeira da paz, que orientará a maioria do mundo para a implementação da fórmula da alegria e da paz, [...] uma necessidade global", Volodymyr Zelensky vincou que "chegou o momento de as dúvidas desaparecerem".

"As decisões positivas para a Ucrânia serão decisões positivas para todos", sublinhou, argumentando que "quando não existem garantias de segurança, existem apenas garantias de guerra".

"Precisamos de paz, é por isso que todos os países europeus que fazem fronteira com a Rússia e que não querem que a Rússia os invada, devem ser membros de pleno direito da UE e da NATO e só há duas alternativas: ou uma guerra aberta ou uma ocupação russa progressiva", adiantou, intervindo perante chefes de Governo e de Estado europeus, referindo-se à Geórgia e à Bielorrússia.

Falando numa "Europa unida com sangue", dada a guerra em curso na Ucrânia, Volodymyr Zelensky adiantou que, se não houver uma resposta positiva sobre a adesão à UE e à NATO, "as esperanças tornam-se completamente ilusórias".

A Moldova acolhe hoje a segunda cimeira da Comunidade Política Europeia, a plataforma de cooperação para a segurança e estabilidade da Europa, com líderes da União Europeia (UE) e de outros países, agora focada na paz e energia.

Tal como a Moldova, a Ucrânia é candidata à UE desde junho de 2022.

A segunda cimeira da Comunidade Política Europeia junta cerca de 50 dirigentes de todo o continente europeu no Castelo Mimi em Bulboaca, a 35 quilómetros da capital da Moldova, Chisinau, e perto de 20 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

Portugal está representado pelo primeiro-ministro, António Costa.

Criada em 2022 com base na visão do Presidente francês, Emmanuel Macron, divulgada num discurso no Dia da Europa em maio do ano passado, a Comunidade Política Europeia é uma plataforma de diálogo político e cooperação para questões de interesse comum e reforço da segurança, da estabilidade e da prosperidade do continente europeu, não substituindo contudo qualquer organização, estrutura ou processo existente.

Leia Também: Rússia acusa Ocidente de empurrar a Moldova para a guerra

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