As forças armadas burquinabês referiram em comunicado que o ataque foi lançado por cerca de uma centena de "terroristas" contra unidades militares "que escoltavam um comboio de abastecimentos destinados à população de Titao".
"A reação rápida e firme fez com que os terroristas se dispersassem e sofressem pesadas perdas", afirmam, antes de confirmarem a morte de dois civis que estavam no comboio escoltado pelo exército. "Oito pessoas ficaram feridas", acrescentaram.
O Burkina Faso, governado por uma junta militar desde o golpe de Estado de janeiro de 2022 contra o presidente de então, Roch Marc Christian Kaboré, tem vivido uma insegurança crescente desde 2015.
A junta militar no poder é agora chefiada por Ibrahim Traoré, que organizou uma revolta em setembro último considerada como um "golpe palaciano" contra o então líder, Paul-Henri Sandaogo Damiba.
Os contínuos ataques perpetrados no país por afiliados dos grupos terroristas Al-Qaida e Estado Islâmico na região também contribuíram para o aumento da violência intercomunitária e levaram ao florescimento de grupos de autodefesa, aos quais o governo do Burkina Faso juntou "voluntários".
A deterioração da situação de segurança conduziu a uma vaga de deslocados internos e de refugiados para outros países da região.
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