Quando morrer, ativista quer dar partes do corpo ao rei, a Musk e não só
A britânica Ingrid Newkirk atualizou o seu testamento com uma série de pedidos destinados a dar continuidade ao seu ativismo a favor dos direitos dos animais após a sua morte.
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Mundo Inglaterra
Uma ativista dos direitos dos animais britânica vai deixar um pedaço do seu pescoço ao rei de Inglaterra, uma das suas pernas ao Grand National (prova de corrida de cavalos com obstáculos) e os seus lábios ao presidente dos Estados Unidos em testamento.
Ingrid Newkirk, que fundou a Peta (People for the Ethical Treatment of Animals) - organização não governamental que se dedica aos direitos dos animais - atualizou o seu testamento com uma série de pedidos destinados a dar continuidade ao seu ativismo após a sua morte.
Para além de um pedaço do seu pescoço ser entregue ao rei de Inglaterra - uma homenagem aos laços da família real com a columbofilia e à prática de torcer o pescoço das aves após as corridas - a mulher quer também que o seu fígado seja embalado a vácuo e enviado ao presidente francês, conta a Sky News.
O objetivo é realçar a posição da França como o maior produtor de 'foie gras' - fígado de ganso ou pato e considerado uma das maiores iguarias da culinária francesa - e aquilo a que os defensores dos animais chamam os métodos cruéis de alimentar patos e gansos à força para o fazer.
Pediu também que uma parte da sua pele fosse deixada ao Ministério da Defesa, caso este continue a utilizar pele de urso verdadeira para os bonés dos guardas do rei de Inglaterra, apesar da disponibilidade de peles artificiais.
Newkirk pediu ainda que uma das suas pernas fosse removida e "violentamente" partida após a sua morte e exibida no hipódromo de Aintree, em Liverpool, Inglaterra, durante o 'Grand National', para chamar a atenção para os ferimentos sofridos pelos cavalos durante a famosa corrida.
Os defensores dos direitos dos animais apelaram à proibição das corridas de saltos e à adoção de medidas de segurança mais rigorosas no desporto, depois de três cavalos terem morrido no 'Grand National Festival' deste ano.
O seu testamento prevê ainda que os seus lábios sejam enviados ao presidente dos Estados Unidos para o pressionar a "deixar de dar graxa à indústria dos perus". Isto porque em cada Dia de Ação de Graças, o presidente "perdoa" um peru selecionado à mão que, de outra forma, acabaria por ser o almoço de alguém.
Ao dono do Twitter, Elon Musk, deixará um pedaço do seu coração para que o clone, em resposta aos testes em animais efetuados pela sua empresa de implantes cerebrais 'Neuralink'.
Outros pedidos no testamento de Newkirk incluem que a sua carne seja frita num "churrasco humano", que a sua pele seja curada e transformada num cinto de couro e que os seus pulmões sejam enviados para o governador do Alasca.
"No meu caso, quando morrer, espero continuar a surpreender aqueles que prejudicam os animais e a fazer campanha contra os maus tratos infligidos aos animais", frisou.
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