General dos EUA vê sacrifícios da guerra semelhantes aos de 1944

A invasão russa da Ucrânia é um alerta de que "a liberdade não é de graça", referiu hoje o chefe do Estado-Maior do Exército norte-americano, que traçou um paralelo com os sacrifícios dos aliados no desembarque de 1944.

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© Tom Williams/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images

Lusa
05/06/2023 23:34 ‧ 05/06/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Em Bayeux ao lado dos homólogos franceses e britânicos, o general James McConville elogiou o que os aliados de 1944 "fizeram juntos para restaurar a liberdade aos povos da Europa".

"Encontramo-nos em uma situação muito semelhante com o ataque sem razão à Ucrânia. Isto lembra-nos que liberdade não é de graça", salientou.

Os três militares reuniram-se na cidade da região da Normandia em vésperas das comemorações do desembarque dos aliados em 06 de junho de 1944, na costa da Normandia controlada pela Alemanha nazi.

A guerra na Ucrânia é um "regresso da história e confrontos perigosos entre grandes potências", realçou, por sua vez, o general britânico Patrick Sanders durante uma conferência de imprensa.

Sanders lembrou que o Exército britânico "treinou 10.000 [soldados ucranianos] em 2022 a partir de junho, e esperava treinar entre 25.000 a 30.000 este ano".

De acordo com o britânico, "os soldados ucranianos são extraordinariamente impressionantes".

"O mais novo tem 18 anos, o mais velho 65. Eles não descansam, nunca param, estão muito empenhados em expulsar os russos do seu país", vincou.

Questionado sobre as lições do conflito ucraniano para os seus respetivos exércitos, o general francês Pierre Schill optou por se mostrar cauteloso: "O que vemos neste conflito é uma narrativa, as mensagens são enviadas ao inimigo, mas há ainda muito a aprender".

Schill realçou, sobre a esperada contraofensiva ucraniana, que a iniciativa revela uma "suprema importância da vontade de lutar, de defender a própria nação, da confiança na cadeia de comando".

A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de baixas civis e militares no conflito, mas diversas fontes, incluindo as Nações Unidas, têm admitido que será muito elevado.

A Ucrânia tem contado com o apoio dos aliados ocidentais no fornecimento de armamento, aliados esses que também impuseram sanções contra os interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra no território ucraniano.

Leia Também: UE mantém veto aos cereais ucranianos em cinco países até 15 de setembro

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