"Há também o risco de novas fugas de óleo, que terão um impacto negativo no ambiente", alertou Daria Zarivna, assessora do chefe da administração presidencial ucraniana, Andriy Yermak, citada pela agência francesa AFP.
Num comunicado divulgado anteriormente, a presidência ucraniana tinha avaliado o risco de novas fugas em "mais de 300 toneladas" de óleo.
Numa mensagem na rede social Telegram, Yermak acusou a Rússia de ter cometido um ecocídio, um crime contra o ambiente.
Yermak alertou também que as cheias irão afetar os sistemas de irrigação na zona e prejudicar gravemente a produção agrícola, sendo "um golpe para a segurança alimentar mundial".
Trata-se do "pior desastre provocado pelo homem no mundo nas últimas décadas", considerou Yermak, citado pela EFE.
A destruição da barragem faz temer consequências graves para a flora e a fauna desta região do sul da Ucrânia.
A Rússia negou as acusações ucranianas e disse que a destruição parcial da barragem foi um ato de sabotagem deliberado cometido por Kiev para privar a península da Crimeia de água.
"Toda a responsabilidade recai sobre o regime de Kiev", disse o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov.
A Rússia anexou a Crimeia em 2014, tal como fez com Kherson (onde se situa a barragem de Kakhovka), Donetsk, Lugansk e Zaporijia, depois de ter invadido o país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022.
O conflito na Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.
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