"A Ucrânia pede uma reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações Unidas", indica um comunicado do ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, apelando igualmente à União Europeia e ao G7.
O chefe da diplomacia pediu novas sanções contra a Rússia.
Entretanto, a Rússia acusou a Ucrânia de um ato de "sabotagem deliberada" na sequência da destruição da barragem hidroelétrica na região de Kherson, no sul do país, parcialmente sob ocupação russa.
"Trata-se inequivocamente de um ato de sabotagem deliberada por parte dos ucranianos, que foi planeado e executado sob as ordens de Kyiv", disse o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov.
O porta-voz rejeitou firmemente as acusações das autoridades ucranianas de que Moscovo era responsável pela destruição parcial da barragem, que provocou inundações na região de Kherson.
"Toda a responsabilidade recai sobre o regime de Kyiv", insistiu, citado pela agência francesa AFP.
Segundo Peskov, um dos objetivos de tal ação era "privar a Crimeia" de água.
A Rússia ocupou e anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014.
A barragem de Kakhovka, construída no rio Dniepre na década de 1950 e capturada no início da ofensiva russa na Ucrânia em 2022, é crucial para o abastecimento de água à Crimeia.
De acordo com Peskov, "este ato de sabotagem pode ter consequências muito graves para dezenas de milhares de habitantes da região de Kherson", bem como "consequências ecológicas".
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