"A floresta de Shakahola, um local onde foram cometidos crimes graves, não pode ficar como estava. O Governo vai transformá-la num memorial nacional, um lugar de recordação, para que os quenianos e o mundo não esqueçam o que aconteceu aqui", declarou o ministro do Interior queniano, Kithure Kindiki.
"Como Governo, não temos nada a esconder e vamos dizer ao mundo exatamente o que aconteceu na floresta de Shakahola. Vamos certificar-nos de que uma tragédia destas não volta a acontecer no nosso país", sublinhou, antes de confirmar que a "terceira fase" das exumações já começou na zona.
Numa série de mensagens na sua conta do Twitter, Kindiki sublinhou que "ainda há sepulturas que não foram abertas" e prometeu que "nenhum cidadão permanecerá na floresta, vivo ou morto", referindo ainda que as autoridades resgataram 95 pessoas nas últimas semanas "que poderiam ter morrido ali".
O ministro adiantou que as autoridades prepararam um processo contra o líder da seita, Paul MacKenzie, e os seus associados e afirmou que "existem provas suficientes para as acusações de genocídio e de crimes contra a humanidade".
"Este caso é diferente de todos os outros e não nos podemos dar ao luxo de o perder. Este caso contra Mackenzie tem de ser ganho e os responsáveis têm de ser condenados", afirmou.
MacKenzie pode ter alargado as suas "atividades criminosas", por um território de cerca de 150 quilómetros quadrados na zona florestal, adiantou o ministro.
Os principais líderes da seita, liderados por Mackenzie, exortaram os seus seguidores a jejuarem até à morte com a promessa de que encontrariam Jesus Cristo numa nova vida. O Presidente do Quénia, William Ruto, descreveu Mackenzie como um "criminoso terrível".
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