Exército etíope anula ataque do Al-Shebab na fronteira com a Somália

O exército etíope "frustrou" hoje um ataque do Al-Shebab a uma cidade fronteiriça entre a Etiópia e a Somália, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Etiópia.

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Lusa
07/06/2023 17:28 ‧ 07/06/2023 por Lusa

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"A Etiópia frustrou hoje com sucesso uma tentativa de ataque do grupo terrorista Al-Shebab contra a cidade de Dolo, na fronteira entre a Etiópia e a Somália", afirmou o ministério, numa breve publicação na rede social Twitter.

O exército federal etíope "neutralizou os bombistas suicidas e destruiu as armas utilizadas pelos 'shebab'", prosseguiu o ministério, sem fazer um balanço, assegurando que "os atacantes foram travados antes de poderem causar grandes danos".

O governo etíope não especificou qual era o alvo visado nem de que lado da fronteira os atacantes foram neutralizados.

Dolo, na Etiópia, fica a menos de três quilómetros da sua gémea somali, Doolow.

Os islamitas do Al-Shebab, filiados na Al-Qaida e que lutam contra o governo federal somali desde 2007, afirmaram, em comunicado, que tinham "efetuado duas operações suicidas contra uma base militar das forças etíopes na localidade de Doolow, na região de Gedo", no lado somali da fronteira.

"As duas operações causaram um elevado número de mortos e feridos", declarou o grupo, que tem o hábito de exagerar no número de ataques.

No verão de 2022, o Al-Shebab atacou vários campos militares etíopes na fronteira entre os dois países.

Em meados de julho, as autoridades da região etíope da Somália, que faz fronteira com este país, anunciaram ter destruído um grupo de cerca de cem 'shebab' que tinham conseguido infiltrar-se em território etíope, a cerca de cem quilómetros em linha reta da fronteira somali.

O exército etíope cedeu um contingente à força da União Africana na Somália (ATMIS, na sigla em inglês), que apoia o Governo somali contra o Al-Shebab.

Expulsos dos principais centros urbanos há uma década, os extremistas islâmicos do Al-Shebab ainda estão presentes em vastas zonas rurais, a partir das quais continuam a efetuar ataques contra alvos governamentais e civis.

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