Rússia garante alimentos a África e envia fertilizantes à Nigéria

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, assegurou hoje que a Rússia continua a cumprir os seus compromissos de exportar alimentos, fertilizantes e outros produtos para África, apesar dos obstáculos impostos pelo Ocidente.

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Lusa
07/06/2023 17:30 ‧ 07/06/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"A Rússia cumpre conscienciosamente todos os compromissos com base em contratos internacionais de exportação de bens do complexo agrícola, fertilizantes, combustíveis e outros produtos de que África necessita", disse Lavrov durante uma receção no ministério dedicada ao Dia de África.

"Juntamente com os nossos amigos africanos, estamos a intensificar os esforços para garantir a segurança alimentar", isto "apesar dos obstáculos que o Ocidente ergue no caminho para expandir a cooperação legítima da Rússia e dos países do continente" africano, acrescentou.

O chefe da diplomacia russa sublinhou que a próxima cimeira Rússia-África, agendada para de 26 a 29 de julho em São Petersburgo, marcará "o vetor do desenvolvimento das relações para os próximos anos".

Lavrov agradeceu aos países africanos por "não permitirem que os envolvam na campanha antirrussa" e por tomarem "uma posição equilibrada em relação à crise de segurança europeia", referindo-se à guerra na Ucrânia.

Num exemplo do compromisso com África, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, María Zajárova, anunciou hoje o próximo envio de 34.000 toneladas de fertilizantes para a Nigéria, o terceiro país africano a receber fertilizantes gratuitos da Rússia.

Na semana passada, Moscovo anunciou o transporte de 34.000 toneladas para o Quénia, a que se devem somar as 20.000 enviadas em março para o Malaui.

O Presidente russo, Vladimir Putin, tinha prometido cereais e fertilizantes gratuitos aos países africanos, caso o acordo do mar Negro, patrocinado pela Turquia e pela Organização das Nações Unidas (ONU), fosse interrompido.

A Rússia e a ONU concordaram em realizar consultas, em Genebra, em 09 de junho, para salvar o acordo assinado por um ano que, desde o verão passado, permite a exportação de cereais ucranianos pelo mar Negro, tendo Moscovo como contrapartida poder exportar alimentos e fertilizantes russos.

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